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terça-feira, 21 de dezembro de 2010

A verdadeira busca



A InterNet revolucionou o mundo. Este jargão é a mais pura realidade. Uma gama de
informações disponíveis ao simples toque dos dedos no teclado e/ou no mouse. Com tanta informação,
às vezes, torna-se difícil o acesso a um determinado assunto. Qual o usuário que nunca se viu
em apuros para encontrar aquela informação específica? É aí que entram em cena os sítios (sites) de
busca. São muitos, hoje em dia, com variantes interessantes de pesquisa avançada. Pode-se fazer
uma varredura utilizando filtros de nome, data, local, idioma, formato, domínio, etc.
O mesmo conceito de busca facilitada é utilizado em vários setores das atividades sociais e
econômicas. Os bancos utilizam mecanismo similar para selecionar nichos específicos de clientes a
serem trabalhados. As lojas do comércio em geral, que já possuem cadastros, fazem a mesma coisa.
Quem nunca recebeu uma correspondência daquela loja em que comprara um produto já há algum
tempo? Esse conceito também é encontrado nas bibliotecas. Não se perde mais tempo com fichas
em longas gavetas. Agora, o “sistema” da biblioteca já diz para o estudante/pesquisador todas as
informações que ele necessita na tela do computador. Da mesma forma, seguem as empresas, os
quartéis, os restaurantes, os shopping centers, etc. Neste mundo globalizado, torna-se necessário
encontrar o que se procura de maneira precisa, no menor tempo possível.
Mesmo com tanto avanço tecnológico, há alguns tipos de busca que ainda se processam de
forma lenta e trabalhosa. E não há como ser diferente. Na solução dos crimes, por exemplo, as
operações de busca requerem tempo, esforço, paciência, controle emocional, etc. Quando alguém
se perde nas matas, uma equipe de busca e salvamento é acionada. Recursos materiais, tempo,
esforço, trabalho, etc. Foi assim que aconteceu com a busca e resgate dos mineiros no Chile.
Esse tipo de contraste serve para mostrar que tipo de busca a Bíblia nos incentiva a fazer.
No Evangelho Segundo Lucas, Jesus Cristo propõe três parábolas seguidas sobre a necessidade de
se buscar o que se havia perdido. A primeira, a da “Ovelha Perdida” (Lc 15,4-7), diz que é mais
importante deixar as noventa e nove para ir à busca de apenas uma ovelha que se perdeu. É
necessário muito desprendimento para isso! E a alegria do pastor quando acha a ovelha perdida é o
retrato da alegria que haverá no céu por um pecador arrependido. Na segunda parábola, a da
“Dracma Perdida”, a mulher toma uma série de atitudes para encontrar sua moeda: “acende a
candeia, varre a casa, busca com diligência até achar” (Lc 15,8-10). Por fim, a tão conhecida
parábola do “Filho Pródigo” termina com a expressão: “porque este teu irmão estava morto e
reviveu, tinha-se perdido e foi achado” (Lc 15,32).
A Bíblia nos incentiva a viver uma vida de santidade, buscando a Deus de todo o coração
(Jr 29,13). Jesus Cristo, o Filho de Deus, instruiu de forma concisa essa questão: “Buscai primeiro o
Reino de Deus e a sua justiça...” (Mt 6,33). Não se faz isso de qualquer jeito. São necessárias muita
oração e muita leitura da Palavra de Deus. E isso requer tempo, esforço, paciência, desprendimento,
renúncia, dedicação. Não se faz isso buscando pela InterNet. Que o povo de Deus entenda como
fazer a verdadeira busca do Senhor.
Pr. Maurício Martins

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