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quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Saudade...



Nesta foto aqui do lado é o Ministério de Louvor da PIBAPE, um povo guerreiro que adora em meio a dor, a perda, a falta .... Uma coisa resume este ministério: Eis me aqui! Ah, estão faltando ai a Márcia, Dudu e o Silvio que tbm são bênção!





Gente como doí a dor da saudade. Dizem que esta é uma palavra que só tem aqui no Brasil, deve ser porque nós brasileiros somos muitos apegados as coisas do coração, por isso, sentimos tanto a dor da saudade.
Eu estou há quatro domingos sem ir na minha igreja pq decidimos procurar uma igreja mais perto de casa que nos facilite o ir e o vir. Quando estava em meio a turbulência começamos ( eu e meu marido), a ter a certeza de que todo o sacrifício não valia apena e que o melhor era nos afastar da PIB.
Quandoo tudo parou e ficamos estes dias longe, sentimos saudade de estar lá cantando, tocando, servindo... e começamos a ouvir Deus de uma maneira diferente onde podemos entender que ainda não chegou o tempo de sairmos de lá. Se foi a saudade que nos levou a tomar esta decisão, acho que não. Uma coisa é certa sentimos saudades. Foi muito bom este tempo que ficamos longe, pois entendemos que é necessário sair do ´problema para o entendê-lo, sendo assim estamos orando e temos cada dia a certeza que devemos voltar e continuar servindo lá. Saber o porque disso tudo, não séi! Aceitar isso tudo, aceito! A vontade do Senhor é boa, perfeita e agradável.

Estava lendo um texto do Miguel Falabela que fala sobre isso e com muita simplicidade consegue descrever nossos sentimentos quanto a saudade. Segue abeixo o texto:
Saudade – Miguel Falabella

Trancar o dedo numa porta dói.
Bater com o queixo no chão dói.
Torcer o tornozelo dói.
Um tapa, um soco, um pontapé doem.
Dói bater a cabeça na quina da mesa, dói morder a língua, dói cólica, cárie e pedra no rim.
Mas o que mais dói é a saudade.
Saudade de um irmão que mora longe.
Saudade de uma cachoeira da infância.
Saudade de um filho que estuda fora.
Saudade do gosto de uma fruta que não se encontra mais.
Saudade do pai que morreu,
Do amigo imaginário que nunca existiu.
Saudade de uma cidade.
Saudade da gente mesmo, que o tempo não perdoa.
Doem essas saudades todas.
Mas a saudade mais dolorida é a saudade de quem se ama.
Saudade da pele, do cheiro, dos beijos.
Saudade da presença, e até da ausência consentida.
Você podia ficar na sala e ela no quarto, sem se verem, mas sabiam-se lá.
Você podia ir para o dentista e ela para a faculdade, mas sabiam-se onde.
Você podia ficar o dia sem vê-la, ela o dia sem vê-lo, mas sabiam-se amanhã.
Contudo, quando o amor de um acaba, ou torna-se menor, ao outro sobra uma saudade que ninguém sabe como deter.
Saudade é basicamente não saber.
Não saber mais se ela continua fungando num ambiente mais frio.
Não saber se ele continua sem fazer a barba por causa daquela alergia.
Não saber se ela ainda usa aquela saia.
Não saber se ele foi na consulta com o dermatologista como prometeu.
Não saber se ela tem comido bem por causa daquela mania de estar sempre ocupada;
se ele tem assistido às aulas de inglês, se aprendeu a entrar na Internet e encontrar a página do Diário Oficial; se ela aprendeu a estacionar entre dois carros; se ele continua preferindo Malzebier; se ela continua preferindo suco de melancia; se ele continua sorrindo com aqueles olhinhos apertados; se ela continua dançando daquele jeitinho enlouquecedor; se ele continua cantando tão bem; se ela continua detestando o MC Donald’s; se ele continua amando;
se ela continua a chorar até nas comédias.
Saudade é não saber mesmo!
Não saber o que fazer com os dias que ficaram mais compridos; não saber como encontrar tarefas que lhe cessem o pensamento; não saber como frear as lágrimas diante de uma música;
não saber como vencer a dor de um silêncio que nada preenche.
Saudade é não querer saber se ela está com outro, e ao mesmo tempo querer.
É não saber se ele está feliz, e ao mesmo tempo perguntar a todos os amigos.
É não querer saber se ele está mais magro, se ela está mais bela.
Saudade é nunca mais saber de quem se ama, e ainda assim doer…
Saudade é isso que senti enquanto estive escrevendo e o que você, provavelmente, está sentindo
agora depois que acabou de ler.

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